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quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Treinadores do MAC : "DOM" FILPO NUNES

Dom Filpo Nunes

QUANDO FILPO PASSOU A SER CHAMADO DE ” DOM ”

Os anos corriam até que em 1957, com uma vitória de virada em partida histórica contra o bicampeão paulista Santos FC na Vila Belmiro, a partir daí Filpo passou a ser chamado de Dom Filpo pelo seu feito de vitórias consecutivas no Jabaquara, salvando ainda o clube de um rebaixamento pela segunda vez em 1959.

Na Briosa, Filpo, um bom marqueteiro, soube capitalizar após invencibilidade de 15 partidas, em excursão por Angola e Moçambique, países africanos. Pode-se dizer que aí começou sua ascensão no futebol, até que em 1964 foi contratado pelo Palmeiras, que tinha um timaço, culminando com o batismo de “academia do futebol” no ano seguinte.

A equipe era tão respeitada a ponto de a antiga CBD (Confederação Brasileira de Desportos) requisitá-la para representar a Seleção Brasileira na inauguração do Estádio Magalhães Pinto, o Mineirão, no dia 7 de setembro de 1965, em partida amistosa contra o Uruguai. E foi show de bola dos palmeirenses, com goleada por 3 a 0, gols de Tupãzinho, Rinaldo e Germano, num time formado por Valdir de Moraes (Picasso); Djalma Santos, Djalma Dias, Valdemar Carabina (Procópio) e Ferrari; Dudu (Zequinha) e Ademir da Guia; Julinho (Germano), Servílio, Tupãzinho (Ademar Pantera) e Rinaldo (Dario). O jogo foi visto por 96.669 pessoas.

ALGUMAS PASSAGENS
-Após uma partida, Filpo Nunes reuniu o elenco e perguntou a um jogador que atuava do meio para frente e que tinha sido eleito pela imprensa o craque do jogo: “Quantos gols você fez?” O jogador respondeu: “Nenhum”. “Quantos passes deu que resultaram em gols ou que deixaram os companheiros na cara do gol?” “Nenhum”. Filpo concluiu: “Então, você correu muito e não jogou nada.”

-Após o atacante César ter perdido um pênalti, transtornado, invadiu o gramado, colocou a bola na marca de pênalti com a intenção de mostrar ao jogador como converter a cobrança. Só que ao correr para bola escorregou, caiu, e o estádio “caiu” em gargalhadas.

Antigos palmeirenses reconheceram méritos de Filpo Nunes para motivar jogadores. A rigor, por isso era sempre requisitado para comandar clubes em crise. Com boa psicologia, sabia injetar vibração ao grupo e extraía bons resultados no começo do trabalho. Posteriormente caía na rotina.

Os folclóricos nomes que dava para seus esquemas de jogo: esquemas Pim Pam Pum e Carrousel.

El Bandoneón foi também um de seus apelidos ( instrumento de tango ). Será que era porque seu time jogava por música?

CURRÍCULO

Filpo Nuñez, o Nelson Ernesto Filpo Nuñez, o famoso técnico argentino criador da Academia de Futebol do Palmeiras, nos anos 60, morreu no dia 6 de março de 1999, em São Paulo (SP). Pouco antes de falecer, Filpo Nuñez morava nas dependências do projeto Jerusalém Ação Social, no bairro do Heliópolis. “Sua fortuna se perdeu. Ele não tinha recursos financeiros. Por isso, morava lá. Antes de morrer, o Filpo treinava um time de crianças carentes na escolinha de futebol das meninas. Passou os últimos dias da sua vida treinando aproximadamente 97 meninas”, contou Carlos Altheman, presidente do Conseg Heliópolis.

Nascido em Buenos Aires, Argentina, no dia 19 de agosto de 1920, Filpo Nuñez formou-se em Educação Física no Equador e depois ingressou na carreira de treinador de futebol profissional no seu país.

Comandou o Independiente Rivadavia. Também treinou outros vários outros times sul-americanos como o Santiago National (Chile), Sport Boys (Peru), España (Equador), Municipal (Bolívia), Libertad (Paraguai), San Martin (Argentina) e Vélez Sarsfield (Argentina).

Filpo chegou ao Brasil ainda jovem para ser um treinador. Dirigiu o Cruzeiro em 1955 e depois passou por várias equipes, entre elas Guarani, Atlético Paranaense, Jabaquara, Portuguesa Santista, América de Rio Preto e Vasco da Gama, antes de assumir o Palmeiras. Pelo alviverde, entre 1964 e 1965, Filpo adotou jogar em velocidade, tocar de primeira e chegar ao gol. Nesse período, o Palmeiras começou a ser batizado de “Academia de Futebol”.
Filpo chegou a ter outras duas passagens pela Sociedade Esportiva Palmeiras: entre 1968 e 1969; e entre 1978 e 1979. Ao todo, foram 154 jogos no comando do Verdão (94 vitórias, 27 empates e 33 derrotas) e uma conquista: o Torneio Rio-São Paulo de 1965.

Mas o Palmeiras não foi o único grande clube da capital paulista a ter o argentino como técnico. Filpo Nuñez dirigiu duas vezes o Corinthians. Primeiro, em 1966, quando o alvinegro chegou a liderar o Campeonato Paulista. Depois, em 1976. O treinador comandou o Timão em 34 partidas (16 vitórias, 7 empates e 11 derrotas).

Outros clubes

Filpo Nuñez fez sucesso como treinador por vários países. Em Portugal, por exemplo, dirigiu o Leixões, o Vitória de Setúbal e o Lusitano Évora. No México, trabalhou pelo Monterrey. No Brasil, ele também comandou o XV de Piracicaba (SP), Paulista de Jundiaí (SP), Galícia (BA), Coritiba, Marília (SP), Francana (SP), Sport Club Recife (PE), São José (SP), Fabril de Lavras (MG), C. A. Atlanta (Buenos Aires – Argentina), Santo André (SP), Saad (SP) e Foz (Foz do Iguaçu – PR).

Principais títulos e prêmios no Brasil

Campeão do Torneio Início de 1956 pelo Guarani; eleito o melhor técnico do Torneio Preparação de 1957, pelo Jabaquara; Campeão do Torneio Início de pelo América de Rio Preto de 1958; Cinta Azul do Futebol Brasileiro (15 jogos, 15 vitórias, 75 gols a favor e 10 contra) pela Portuguesa Santista em 1959; Eleito melhor técnico do ano pela Agência de Notícias “Sport Press”, quando dirigia a Portuguesa Santista em 1960; Vencedor do Troféu Conhecimento, premio da “Rádio Universal de Santos”, em 1960; Vice-campeão paulista pelo Palmeiras em 1964; Campeão invicto do torneio internacional “IV Centenário da Guanabara”, pelo Palmeiras; Campeão do Torneio Rio-São Paulo de 1965, pelo Palmeiras; Vice-campeão baiano pelo Galícia em 1967; Vice-campeão do Torneio Mar del Plata de 1968, pelo Palmeiras e Vice-campeão do Torneio Rio-São Paulo de 1969, pelo Palmeiras.

Alguns dos jogadores dirigidos por Filpo

A lista de grandes craques que foram comandados por Filpo Nuñez é extensa. Entre eles aparecem os nomes de: Julinho Botelho, Bellini, Djalma Santos, Dudu, Garrincha, Alfredo Mostarda, Zequinha, Servílio, Orlando, Brito, Ademir da Guia, Rivellino, Valdir Joaquim de Moraes, Vavá, Ademar Pantera, Wladimir, Cabeção, Barbosa, Piazza, Eurico, Leivinha, Dirceu Lopes, Tupãzinho (ex-Palmeiras), Jair Marinho, Zé Maria, Leão, Tostão, Luís Pereira, César, Djalma Dias, Procópio e Dino Sani.

MILTON NEVES
ARIOVALDO IZAC * É jornalista em Campinas
GILBERTO MALUF

Filpo Nunes, o folclórico
No dia 15 de janeiro de 1966, XV de Piracicaba e Portuguesa Santista foram ao Estádio do Morumbi para jogar exatos três minutos de futebol com portões fechados ao público, em partida do Paulistão do ano anterior, conforme determinação do antigo CND (Conseho Nacional de Desportos).

A decisão do então órgão normativo foi decorrente de partida inacabada entre ambos, com resultado de 1 a 1, no dia 3 de novembro de 1965, no Estádio Barão de Serra Negra, em Piracicaba (SP), porque a torcida local invadiu o gramado. E, sem segurança, o time de Santos - também conhecido como "Briosa" - refugiou no vestiário visitante e resistiu ao prosseguimento do jogo, mesmo com insistência do árbitro José Astolphi, após contornar a situação. E com a complementação do tempo sem alteração no placar, o "Nho Quim" foi rebaixado à segunda divisão.

Por que o relato desse fato? Por dois motivos fundamentais. Primeiro o disparate do CND em determinar o deslocamento dos clubes para um campo neutro, a fim de que jogassem três minutos. Depois, a constatação que o técnico argentino Nelson Ernesto Filpo Nunes, no comando do XV, começaria a fase decadente no futebol. Ele trabalhou na maioria dos Estados brasileiros, inclusive com boa passagem pelo Vasco em 1960, com vitoriosa excursão pelo Nordeste. Filpo morreu em março de 1999.

Na década de 50, quando aportou em Santos, o treinador foi identificado como Dom Filpo ao salvar o Jabaquara do rebaixamento em 1957, ano em que o time venceu o Santos de virada por 2 a 1.


FILPO NUÑEZ






por Rogério Micheletti / colaborou Alexandre Altheman /Livros consultados: "Almanaque do Palmeiras" e "Almanaque do Corinthians", ambos de Celso Unzelte













Arnaldo Tirone (ex-dirigente do Palmeiras) acende seu querido cigarrinho ladeado pelo saudoso repórter Tom Barbosa, da Rádio Record, e por Filpo Nuñez. Ferruccio Sandoli é o quarto. Milton Peruzzi é o quinto. Eli Coimbra, o sexto. O oitavo é o massagista Reis.







Vejam a saudosa Academia do Verdão em 1965, que conquistou o título do Torneio Rio-São Paulo. Em pé, da esquerda para a direita, temos personagem não identificado, Djalma Santos, Valdir, Valdemar Carabina, o grande treinador Filpo Nuñez, Djalma Dias, Dudu e Geraldo Scotto; agachados o massagista Reis, Gildo, Servílio, Tupãzinho, Ademir da Guia e Rinaldo







Em pé: Ex-presidente da Lusa, Filpo Nunez, Luisão, Lalá, Orlando, Eduardo, Santo, Ulisses, Lorico, Henrique Pereira, Augusto e mais três profissionais não identificados. Agachados: massagista Jair, Edu, Basílio, jogador não identificado, Ratinho, Leivinha, Ivair, Paes e Rodrigues.







Da esquerda pra direita: O narrador de TV Fernando Sasso, Rui Viotti (cunhado do falecido João Saldanha), Walter Abrahão, pessoa não identificada, Rui Porto e Filpo Nuñez.







Em janeiro de 1999, este foi o único encontro entre dois técnicos-mito do Palmeiras e aconteceu no clube Círculo Militar, no Ibirapuera, em São paulo, quando da entrega do prêmio SITREPESP daquele ano. E vejam como Filpo Nuñez já estava bem velhinho. Na foto, também a presença do corintiano Ciborg Malístico, o Álvaro José do Parque São Jorge.







Da esquerda para a direita, nos anos 60, no banco de reservas de um Pacaembu lotado durante jogo do Palmeiras: Eli Coimbra, Filpo Nuñez, repórter de rádio, massagista Reis e o goleiro Picasso.







Em pé: um médico, Djalma Santos, Valdir Joaquim de Moraes, Valdemar Carabina, Filpo Nuñez, Djalma Dias, Dudu, Geraldo Scotto, Santo, Tarciso e Picasso. Agachados: Germano, o massagista Reis, Gildo, Servílio, Tupãzinho, Ademir da Guia, Rinaldo, Dario Alegria, Nélson Coruja, Júlio Amaral e Ferrari. Esse Palmeiras conquistou o Torneio Rio-São Paulo de 1965.







TROFÉU CARRANZA 66 – Embarque do Corinthians à Espanha para a disputa do Troféu Carranza, em 66. Estão em pé, Sérgio Barbalho, o diretor Chico Mendes, Flávio, Dino Sani, Édson, Marcos, o preparador físico José de Souza Teixeira, Clóvis, o massagista Souza, Nair, Ditão, o médico Haroldo Campos, o dirigente Jamil Helou, sra. Wadih Helu, o presidente Wadih Helu, o técnico Filpo Nuñez; agachados: Maciel, Marcial, Tales, Roberto Bataglia, Heitor, Galhardo, Gilson Porto, Roberto Rivellino, Mané Garrincha e Jair Marinho.







Vejam a querida Portuguesa Santista posando para foto em 1971. Em pé o goleiro é Edson Mug, o terceiro é Filpo Nuñes e o último o lateral esquerdo Campina; agachados, os três últimos são Jaime (ex-Bangu e Palmeiras), Mingo e o massagista Upa Neguinho.









Créditos : site Futnet./ Site Milton Neves
Fotos :