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quinta-feira, 12 de março de 2009

Jogadores do passado - Zé Roberto

Zé Roberto sobe três times e conquista título no México
São José do Rio Preto, 31 de agosto de 2008 

  Edvaldo Santos  

HOJE - Zé Roberto possui uma distribuidora de gás industrial e mora no bairro Mançour Daud, em Rio Preto. Sua maior diversão é jogar tênis. “Já ganhei vários torneios interclubes na região”


Armador habilidoso e que tinha facilidade para chegar à área adversária, Zé Roberto ajudou Bandeirante de Birigüi, Sertãozinho e Marília a subirem de divisão e foi campeão mexicano na temporada de 1991/1992, pelo León. A primeira alegria na carreira foi obtida em 1986 ao conquistar o título da Segunda Divisão (atual Série A-2) com o Bandeirante. Em grande fase, o meio-campista destacou-se como um dos principais artilheiros do time, com 12 gols. Mas, na primeira rodada do quadrangular final, sofreu uma contusão no menisco do joelho direito, numa dividida com o zagueiro Vitor Hugo, do Noroeste. Acabou ficando fora das partidas decisivas contra Barbarense e São Bernardo. “Apesar da lesão, foi uma campanha maravilhosa e conseguimos levar o Bandeirante pela primeira vez ao Paulistão”, diz. No ano seguinte, o técnico Lori Sandri o levou para disputar o Módulo Amarelo do Campeonato Brasileiro pelo Criciúma. Esteve no América de Rio Preto, clube que o revelou, no primeiro semestre de 1988, e posteriormente atuou no Corinthians de Presidente Prudente, finalista da Divisão Intermediária.


O segundo acesso ocorreu em 1989, galgando à Intermediária com o Sertãozinho, do meia-esquerda Márcio Florêncio, do lateral-direito Valdo, que depois foi vendido ao Corinthians, entre outros. Na temporada seguinte, defendeu o Marília, promovido da Intermediária para o Paulistão. O bom desempenho lhe rendeu uma transferência para o León, do México, que pagou US$ 250 mil (equivalente hoje a R$ 450 mil) pelo seu passe. O clube mexicano já contava com os meias brasileiros Tita, campeão mundial interclubes pelo Flamengo em 1981, e Marquinhos, revelado pelo Atlético-PR. Com atuações impecáveis e alguns gols (foram 10 no total), Zé Roberto transformou-se no novo ídolo da equipe asteca, que estava há 36 anos sem conquistar um título. O jogo de ida da semifinal, contra o Pumas, foi inesquecível. Zé Roberto sentia dores no joelho direito e havia pedido substituição. O treinador Victor Vucetich o manteve em campo. Foi abençoado pelo destino que lhe deu a honra de marcar o gol da vitória por 1 a 0, aos 44 minutos do segundo tempo, surpreendendo ao lendário goleiro Jorge Campos.


O León venceu o segundo jogo por 2 a 0 e foi para a final, contra o Puebla. Por troca de agressões, Zé Roberto e o zagueiro Paco Ramirez, do Puebla, foram expulsos na primeira partida, que terminou 0 a 0, e ficaram fora do duelo decisivo, vencido pelo León por 2 a 0. Era o fim do jejum de 36 anos sem levantar uma taça. No início da pré-temporada 1992/1993, Zé Roberto voltou a machucar o joelho direito. Operou num hospital em Houston, nos Estados Unidos, e contraiu uma infecção hospitalar, que o deixou seis meses de molho. Depois de recuperado, participou de apenas quatro jogos nas últimas rodadas daquele campeonato. No ano seguinte, o León contratou Sebastião Lazaroni. O treinador tomou ciência da recente contusão de Zé Roberto e o dispensou.


Começou a carreira na base do América
Nascido no dia 16 de fevereiro de 1962, José Roberto Muniz começou a jogar futebol no time amador do Floresta, de Floreal, sua cidade natal. Esteve no juvenil do América, de Rio Preto, em 1979, mas não ficou por falta de alojamento no clube. Persistente, retornou ao Rubro três anos depois. Fez seis gols em dois coletivos e foi aprovado pelo técnico Jacintho Angelone. “Ficamos em 3º lugar no Paulista Sub-20.” Teve uma ascensão meteórica e o técnico Wilson Francisco Alves, o Capão, decidiu escalá-lo no time principal, num jogo contra o Corinthians, dia 22 de setembro de 1982, pelo Paulistão. “Tive uma boa atuação, mas perdemos de 4 a 1”, recorda. No início do ano seguinte foi emprestado ao Rio Preto por três meses. Voltou ao América no segundo semestre para disputar o Brasileiro da Série C.


Em 1984, ele, o ponta-direita Val, o zagueiro Caetano e o lateral Cerezo foram emprestados ao Santa Fé, integrante da Terceira Divisão. Nas duas temporadas subsequentes atuou pelo Bandeirante. Jogou ainda no Criciúma, Corinthians de Prudente, Sertãozinho, Marília e León. Retornou ao Bandeirante em 1995, mas as dores no joelho direito estavam insuportáveis. Aceitou o convite para ser técnico e levou a equipe de Birigüi da Série B-1 para o A-3. Também foi treinador do Marília por quatro meses. “Comecei a carreira de técnico por acaso, mas percebi que aquilo não era pra mim.” 






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Arquivo pessoal de José Roberto Muniz






MARÍLIA - Subiu em 1990 da Intermediária para o Paulistão. De pé: Sérgio Tada (fisicultor), Charles, Macalé, Mariovaldo, Miranda, Carlos Martins, Denilton e não identificado; agachados: Zó, Zé Roberto, Roberto, Popéia e Rômulo