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domingo, 6 de dezembro de 2009

Jogadores do Passado - Nenê Martins

 Éderson José Martins, o Nenê, nasceu em 09 de outubro de 1952, na cidade de Botucatu/SP. Filho do ex-ponteiro direito Guanxuma, que também atuava como ponteiro esquerdo, Nenê ficou também conhecido como "Nenê Guanxuma", num tributo a seu pai. Já no final da carreira, chegou a ser chamado de Nenê Martins. Atuou como atleta profissional de 1972 a 1988. Trabalhou como técnico das categorias de base e da equipe profissional do XV de Jaú em 1991/92. É formado em Educação Física desde 1976, pela ESEF-I de Porto Alegre/RS; cursou jornalismo por dois anos na UEL, em Londrina/PR; e especializou-se em Interação, Nutrição, Exercício Físico e Medicina na Promoção da Saúde, na UNESP de Botucatu/SP.

INÍCIO - Aos 14 anos, Nenê já participava do campeonato amador de sua cidade, uma competição sem limite de idade para se jogar, e que por isso incluía muitos ex-jogadores profissionais da Associação Atlética Ferroviária de Botucatu, clube que chegou a disputar o campeonato profissional da Segunda Divisão do futebol paulista. Destaque nesses campeonatos, Nenê foi fazer testes no Santos FC, em 1967, já com quase 15 anos. Aprovado num primeiro teste, foi convidado a retornar, em janeiro de 68, quando treinou com o time titular do "Peixe", que tinha o goleiro Cláudio, Ramos Delgado e Carlos Alberto (que viria a ser o 'capitão' da Copa de 70). Inseguro diante de tantas "feras", Nenê não correspondeu. Passou, então, pelo XV de Piracicaba/SP, quando o preparador Pedro Pires de Toledo o indicou para Zé Duarte, que era treinador das categorias de base do Guarani de Campinas/SP. Começou, então, oficialmente a carreira no Guarani, em 1970, atuando na equipe juniores, disputando o campeonato paulista de extra-amadores e subindo para a equipe principal.
CLUBES - Do "Bugre Campineiro", Nenê foi para o Botafogo de Ribeirão Preto/SP, onde formou um ataque arrasador com João Carlos Motoca, Sócrates e Geraldão, que foi o artilheiro do campeonato paulista. Em 1975, o ponteiro transferiu-se para o Grêmio de Porto Alegre/RS, também formando um grande ataque com Zequinha, Iura, Tarciso e Neca. Em 76, foi para o Clube Atlético Paranaense. De 77 a 79, jogou no Londrina/PR e fez parte da memorável equipe que chegou à semifinal do Campeonato Brasileiro de 78. Na ocasião, o "Tubarão" derrotou e deixou para traz equipes como Santos, Corinthians, Flamengo (com Zico & cia) e Vasco da Gama. Depois, pelo Vasco, Nenê atuou em vários jogos durante excursão pelo norte do país. Na sequência, acertou transferência para São José dos Campos/SP (veja em detalhes). Emprestados pelo São José, os ponteiros Nenê e Edinho disputaram o Campeonato de 83 pela Ponte Preta de Campinas/SP. Em 84, ainda ao lado de Edinho, Nenê foi para o Operário de Campo Grande/MS, conquistou o campeonato estadual. No Operário, jogou mais um campeonato brasileiro, atuando com Lima, centroavante que destacou-se e foi contratado pelo Corínthians Paulista. Nenê foi contratado pela Portuguesa de Desportos/SP onde, dirigido pelo técnico Castilho, marcou 10 gols, também no Brasileirão de 84. Em 1985, Nenê foi para a Ferroviária de Araraquara/SP, onde jogou ao lado de Wilson Carrasco, Marcão e Mauro Pastor, chegando às semi-finais do Paulistão. Em 1986, aconteceu a transferência para o Esporte Clube Bahia de Zé Carlos, Bobô e Cláudio Adão, onde foi campeão baiano. Nenê disputou o campeonato paulista de 1987 pelo Clube Atlético Juventus, quando sofreu uma contusão que abreviou sua carreira. Antes de encerrar, no entanto, Nenê ainda atuou, de forma limitada, pelo Comercial de Campo Grande /MT e Marília/SP.
SÃO JOSÉ - No São José Esporte Clube, Nenê jogou por quatro anos e meio e teve momentos preciosos. A equipe do São José disputava a Segunda Divisão paulista e não conseguiu o acesso em 79, perdendo a final para o arqui-rival Taubaté. Em 80, porém, o acesso veio com uma festa histórica, envolvendo toda a cidade. Sob o comando do técnico Henrique Passos, o São José chegou ao título ao golear o Grêmio Catanduvense, da cidade de Catanduva/SP, pelo placar inquestionável de 4 a 0, em jogo realizado no Pacaembu, em 29 de outubro de 1980. Tião Marino (2), Baitaca e Edinho marcaram os gols. Edinho, Tião Marino e Nenê, foi um ataque que ficou na história do São José. No ano seguinte, dirigida pelo técnico Fidélis, a equipe teve desempenho brilhante e chegou perto de disputar o título do Paulistão de 81, conquistando o direito de disputar a Taça de Ouro em 82. Na ocasião, a equipe joseense mandou equipes tradicionais como Palmeiras e Corinthians para a Taça de Prata, garantindo sua presença entre as principais equipes do país. A vaga para a Taça de Ouro foi conquistada em 18 de outubro, em pleno estádio Joaquim de Morais Filho, contra o rival Taubaté, após vitória por 1 a 0, gol de Nenê, aos 27 minutos do segundo tempo. Além da Taça de Ouro, a vitória garantiu a vaga do São José para o octogonal decisivo do segundo turno do Paulistão daquele ano.
                                                                            São José ,1980 YADEMIR MELLO, WALTER PARRARINHOADEMIR GONÇALVES,NELSINHO e TONHO - Agachados; ÉDINHOTATATIÃO MINOESQUERDINHA e NENÊ.Em pé; DARCYADEMIR MELLO, WALTER PARRARINHOADEMIR GONÇALVES,NELSINHO e TONHO - Agachados; ÉDINHOTATATIÃO MARINOESQUERDINHA e NENÊ.
TÍTULOS - Como jogador, foi campeão paulista da Segunda Divisão pelo São José, em 1980; campeão estadual pelo Operário de Campo Grande/MS, em 84; e campeão baiano atuando pelo Esporte Clube Bahia, em 1986. Como treinador, conquistou a Taça Contubos de Futebol Júnior, em Londrina, comandando a equipe do XV de Jaú, em 1991.
TREINADOR - Encerrou sua carreira de jogador profissional em 1989, quando fundou uma escolinha de futebol na Ferroviária de Botucatu, conveniado com o São Paulo FC. Em 1991, transferiu-se para o XV de Novembro da cidade de Jaú, onde treinou desde a equipe infantil até a profissional, conquistando a Taça Contubos de Futebol Júnior, em Londrina, disputando com categorias de base de Grêmio/RS, Vitória/BA, Coritiba/PR, Matsubara/PR, Joinville/SC, Londrina/PR Santos/SP e Mogi-Mirim/SP.
Fonte: Ferreira Leite/Museu de Esportes de São José dos Campos

Na Foto ao Lado : Time do Londrina no Campeonato Brasileiro de 1977 : Nenê é o ultimo agachado a direita.
Em pé: Paulo Rogério, Carlos, Arenghi, Dirceu, Zé Roberto, Claudinho.
Agachado: Xaxá, Garcia, Brandão, Ademar, Nenê Martins.

Não veio a classificação para a final, o título, nem uma sonhada vaga na Copa Libertadores, mas valeu a conquista da volta por cima, de um quase vexame para destaque nacional.
O Londrina formou uma boa equipe, como treinador, o experiente argentino Armando Renganeschi. O time, Paulo Rogério, Arenghi, Dirceu, Carlos Alberto Garcia e Nenê - que já haviam participado da campanha anterior - juntaram-se aos reforços vindos do futebol paulista, Carlos e Xaxá, e a craques revelados por clubes da região como Zé Roberto, Ademar e Brandão. Havia ainda as opões de dois juvenis que estavam "comendo a bola" nos treinos: Everton e Nivaldo. Uma grande equipe, que inusitadamente fracassou na primeira fase do Campeonato Nacional e ficou à beira da desclassificação na repescagem.

Créditos : Lecmania.