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quinta-feira, 25 de março de 2010

Jogadores - CATANHA



Catanha comemora o gol da vitória do Corinthians Alagoano sobre o União Os 39 anos de vida comemorados no último sábado tiveram direito a gol da vitória do Corinthians-AL sobre o União, pela 12ª rodada do Campeonato Alagoano. Com fôlego de menino, Henrique Guedes Silva, mais conhecido como Catanha, foi vice-artilheiro do Campeonato Espanhol com 24 gols na temporada 1999/2000, atuando pelo modesto Málaga. Agora, a meta é chegar aos 41 anos de idade da mesma forma que um certo baixinho chegou: balançando as redes.
- Estou bem fisicamente, sem lesão. Sou uma pessoa que sempre se cuidou e, pelo o que estou vendo, acho que tenho alguns anos para jogar ainda. Vejo jogadores de menor idade do que eu fazendo muito menos do que faço. Vou tentar superar o Romário, ele jogou até os 41, vou ver seu eu chego nesta faixa aí – afirmou o bem-humorado artilheiro, por telefone, ao GLOBOESPORTE.COM.
A cada gol, o centroavante voa. Quando marca, bate os braços, imitando um pássaro (o gesto lhe rendeu o apelido de “La Gaviota”, “A gaivota” em português, nos tempos de Espanha).

- É a celebração do curió. Comecei a fazer isso há muito tempo. É porque eu gosto muito de passarinho, especialmente o curió. Não tem uma coisa assim, muito específica não – revela o goleador, que é naturalizado espanhol e chegou a defender a Fúria em três oportunidades.
Você nasceu em Recife, mas começou a carreira aos 13 anos, quando foi jogar nos juvenis do Fluminense. Como você foi parar no Rio de Janeiro? Por que não vingou no Tricolor?

Catanha: Cheguei ao Rio de Janeiro e jogava muita pelada no Aterro do Flamengo. E surgiu a oportunidade de fazer um teste no Fluminense. Vim para o Rio para tentar algo melhor para minha vida, jogar bola, pois sempre foi meu objetivo. Não dei certo no Fluminense porque estava no meu último ano de juniores.
Depois você foi para o São Cristóvão, onde chegou a jogar ao lado de Ronaldo. Como foi atuar nas categorias de base ao lado do Fenômeno?
- Foi uma época muito boa que passei lá. O Ronaldo jogava no juvenil. Eu sempre o olhava jogar. Os jogos dos juvenis eram pela manhã. Tivemos até a oportunidade de jogar contra. Nessa época, o técnico do São Cristóvão era o Jairzinho, e o Alfredo Sampaio era o auxiliar. Eles me lançaram como profissional. O Ronaldo sempre teve massa muscular, sempre foi diferenciado. Teve um jogo contra o Goytacaz que ele meteu nove gols, sempre foi o mais forte de todos.
Como profissional você poderia ter estreado pelo Flamengo. O que aconteceu?
- Depois do São Cristóvão, tive uma possibilidade de ir para o Flamengo sim, mas o Governador de Alagoas, na época Geraldo Bulhões, era apaixonado pelo Fluminense, me viu jogando pelo São Cristóvão contra o Fluminense e me contratou para o CSA, pois ele também era torcedor do CSA. Por isso não fui para o Fla.
Seu faro de gol começou mesmo a chamar a atenção em 1993. Você foi artilheiro e campeão alagoano pelo CSA, marcando 15 gols em sua primeira temporada. Na segunda, marcou 32 gols e conquistou o Estadual. Como foram estes dois anos para você?
- Foi a época em que comecei a me sentir jogador. Me senti valorizado, sendo campeão estadual, marcando esses gols todos. A cada semana que passava, pensava sempre em um pouco mais. Depois, joguei seis meses no União São João, pelo Campeonato Paulista, em 1995.

Em 1995, você chegou à Europa. Seu primeiro clube foi o Belenenses, de Portugal. Como foi esta passagem por lá?

Divulgação/Site oficial 
Catanha foi vice-artilheiro do Campeonato Espanhol pelo Málaga em 1999/2000 - Foi uma boa passagem, foi um descobrimento sobre o futuro que eu teria. Fui bem no campeonato, marquei sete gols, e os dirigentes do clube compraram meu passe junto ao CSA. Mas fiquei pouco tempo, porque o treinador se transferiu para o Salamanca, da Espanha, e me chamou. Foi aí que tive a primeira oportunidade de ir para o futebol espanhol.
No Salamanca você não conseguiu desenvolver o seu melhor futebol. Só anotou um gol e acabou cedido ao Leganés. Por quê?
- Eu fiquei machucado durante três meses, quebrei o dedo do pé e fiquei muito tempo parado. Quando voltei, já estava praticamente no fim da temporada, então ficou difícil demonstrar alguma coisa.
Em 1998, chegou ao Málaga. Em seu primeiro ano, marcou 26 gols na Segunda Divisão espanhola e ajudou o clube a conseguir o acesso para a elite. Em sua estreia na Série A, marcou o gol da vitória sobre o Espanyol, no La Rosaleda. Foi a melhor fase de sua carreira?
- É uma das passagens mais maravilhosas que tive em toda a minha carreira. O primeiro ano foi maravilhoso e, no segundo, na primeira divisão, teria que demonstrar tudo aquilo que apresentei na segunda, só que agora na primeira. Fui vice-artilheiro do Campeonato Espanhol com 24 gols, só perdi para o Salva Ballesta, do Racing Santander, que fez 28.

Em alta, o Celta de Vigo o contratou por 14 milhões de euros, a negociação mais cara do clube. No entanto, você não conseguiu repetir o sucesso do Málaga...
- No primeiro ano, marquei 22 gols, 15 no campeonato e mais sete na Copa da Uefa. Em 2001, me naturalizei espanhol, e o José Antonio Camacho, técnico da seleção espanhola na época, me convocou. Fiz três jogos pela Fúria, mas não marquei nenhum gol. Assim mesmo, foi uma passagem muito boa.

Depois você rodou. Atuou no Krylia Sovietov, da Rússia, retornou ao Belenenses e voltou ao Brasil para atuar no Atlético-MG. Também passou no Linares, da Segunda Divisão espanhola. Conte um pouco deste período cigano.

- Na Rússia, foi uma decisão minha. Era um campeonato diferente, queria triunfar lá, que as pessoas me vissem atuando, mas foi uma passagem muito rápida, não consegui me adaptar, foi complicado.

No Belenenses, fiquei só seis meses, aí tomei a decisão de voltar para o Brasil. Fui para o Marília-SP, depois para o Atlético-MG, mas o clube estava em crise, ainda assim marquei quatro gols. Cheguei quando o time já estava praticamente condenado ao rebaixamento, mas foi um dos clubes que me marcaram bastante. Então, tomei a decisão de voltar para a Europa mais uma vez e joguei a terceira divisão pelo Linares. Jogamos três finais lá, mas o time não conseguiu subir para a Série B.
Em 2008, você assinou com o Unión Estepona, também da terceirona espanhola. Chegou a jogar por algum outro clube antes de acertar com o Corinthians Alagoano?
- Não. O próprio presidente do Corinthians-AL me procurou, e tive a felicidade de voltar, em janeiro. É um clube de boa estrutura, que muitos clubes brasileiros não têm. Tenho contrato até maio.
O que o motivou a retornar mais uma vez ao Brasil?
- Foi a falta de grana na Europa, principalmente nos clubes de segunda e terceira divisões. A maioria está falida, com quatro, cinco meses de salários atrasados. Por isso resolvi voltar. Para não esquentar a cabeça lá fora, prefiro estar em casa.


CATANHA 
Nome: Henrique Guedes Silva 
Nascimento: 06/03/1972 – 39 anos 
Cidade: Recife (PE) 
Altura: 1.77m 
Peso: 75Kg 
Clubes: Fluminense, São Cristóvão, União São João, CSA, Paysandu, Belenenses, Salamanca, Leganés, Málaga, Celta, Estrela Amadora, Krilya Sovietov-RUS, Atlético-MG, Marília, Linares-ESP, Unión Estepona-ESP e Corinthians Alagoano

Fonte :cadaminuto notícias