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quarta-feira, 18 de novembro de 2009

A.A. Ferroviária de Assis


39- Camisa da Ferroviária de Assis

 hino ramalhao 018
Camisa da Associação Ferroviária de Assis também é uma das que considero especial. Acho até que pessoalmente, é a Camisa de Futebol de maior valor histórico das que eu tenho hoje.
ferroviariassis
Primeiro porque, embora seja o uniforme número 2 (o número 1 é vermelho com os destaques em branco) é uma camisa oficial.
Mais que isso, foi usada em partidas oficiais na década de 70, pelo licenciado time de Assis (Cidade onde meu pai nasceu, como eu já disse aqui).
Segundo porque como minha família trabalhava na estrada de Ferro, na Sorocabana, meu tio “Zé”, na época conhecido como Alemão, jogou na equipe.  Olha ele aí numa “clássica” 3×4 :
Digitalizar0001
Associação Atlética Ferroviária de Assis (AAFA) foi fundada em 1927, e foi mais um time que nasceu amador, e em torno da vida Ferroviária, especificamente ao redor da Estrada de Ferro Sorocabana.
Miguel Belarmino de Mendonça foi o primeiro presidente do clube.
Vasculhando pela rede, achei uma foto muito bonita do time, de 1946:
abril 189

Seu estádio na Rua Brasil foi nascendo aos poucos, primeiro o campo, depois as arquibancadas, os vestiários e por fim a iluminação.
Por fim, o acolhedor Dr. Adhemar de Barros, com capacidade para 1.000 pessoas estava pronto. Foi nele que o time mandou seus jogos e por isso também é chamada de “Vermelhinha da Rua Brasil“.
Abaixo, fotos recentes feitas pelo excelente pessoal do jogos perdidos:
 ferroestadio

ferroviariassistadio
E essa do site www.umdoistres.com.br:
Ferroviaria04[1]
Também conhecida como a ”Veterana“, marcou época disputando a divisão de acesso até ser rebaixada pela FPF em razão da criação de uma lei que exigia um mínimo de 50.000 habitantes na cidade para que um time disputasse a segunda divisão.
Disputou assim, a 3ª divisão até 1976 quando disputou seu último campeonato profissional.

Time na década de 60
Time na década de 60
Mesmo em alta, o time via-se atolado em dívidas, o que obrigou o presidente daépoca, Joãozinho Maldonado a tentar vender “Mingo” o maior de seus craques à Portuguesa. Pra piorar, a Lusa achou que o valor era alto demais e não comprou o jogador que preferiu ficar trabalhando na Estrada de Ferro.
Os times que marcaram época como rivais da Veterana foram Ourinhense, Prudentina, São Bento/Marília, Corinthians de Presidente Prudente, ABC de Paraguaçú Paulista, Penapolense, Estrada/Sorocaba, Santacruzense e Pirajuense.
Achei alguns resultados do time (em jogos oficiais e amistosos) pela internet:
FERROVIÁRIA 3 x 1 PRUDENTINA, em Assis
(04-10-1942)
FERROVIÁRIA de BOTUCATU 2 x 1 FERROVIÁRIA de Assis, em Botucatu
(11-10-1942)
FERROVIÁRIA 1 x 1 SÃO PAULO FUTEBOL CLUBE, em Assis
(01/05/1957)
FERROVIÁRIA 2 x 5 SÃO PAULO FUTEBOL CLUBE, em Assis
(07/09/1958)
FERROVIÁRIA 3 x 1 CORINTHIANS (President Pruedente), em Assis
(1959)

CORINTHIANS (Presidene Prudete) 5 x 1 FEROVIÁRIA, em PResidente Prudente
(1959)

FERROVIÁRIA 1 x 2 XV DE NOVEMBRO (Piracicaba), em Assis
(02/02/1963)
SÃO BENTO 1 x 1 FERROVIÁRIA, em Marília
(09/06/1963)
OURINHENSE 3 x 3 FERROVIÁRIA, em Ourinhos
(23/06/1963)
FERROVIÁRIA 2 x 2 UNIÃO SÃO JOÃO, em Assis
(19/01/1964)
UNIÃO SÃO JOÃO 5 x 2 FERROVIÁRIA , em Araras
(30/02/1964)
A tabela final da 2a divisão de 1950:
Segunda Série
 1º CA Linense (Lins)            34 (qualified)
 2º AA São Bento (Marília)     31 (qualified)
 3º EC Coríntians (Presidente Prudente)   30
 4º A Prudentina de Esp. Atléticos (P.Prudente) 29
 5º EC Noroeste (Bauru)     25
 6º Bauru AC (Bauru)             23
 7º São Paulo FC (Araçatuba)           20
 8º AA Ferroviária (Assis)     18
 9º Garça EC (Garça)                            17
10º Atlético Brasil Clube (Paraguaçu Paulista)  16
11º Tupã FC (Tupã)            12
12º Bandeirante EC (Birigüi)           11
A tabela final da 2a divisão de 1951:
Zona Oeste
 1 C.A.Linense (Lins)            40 (qualified)
 2 A.A.São Bento (Marília)    39 (qualified)
 3 E.C.Corinthians (Presidente Prudente)  36
 4 Garça E.C. (Garça)                           32
 5 Bauru A.C. (Bauru)            32
 6 A.A.Ferroviária (Assis)    30
 7 E.C.Noroeste (Bauru)    30
 8 A.Brasil Clube (Paraguaçu Paulista)    23
 9 São Paulo F.C. (Araçatuba)           22
10 Tupã F.C. (Tupã)            20
11 A.Prudentina de Esp. Atléticos (P. Prudente) 18
12 C.A.Penapolense (Penápolis)           17
13 A.A.Ferroviária (Botucatu)           14
A tabela final da 2a divisão de 1952:
Segunda Região
 1 São Bento (Marília)           20 (qualified)
 2 Garça (Garça)    19 (qualified)
 3 Bauru (Bauru)    16
 4 Ourinhense (Ourinhos)   14
 5 Ferroviária (Assis)           12
 6 Noroeste (Bauru)           12
 7 Corintians (Presidente Prudente)  10
 8 Ferroviária (Botucatu)   09
Abaixo a classificação do Paulista da segunda divisão, de 1958:
1º A Prudentina de Esp. Atl. (P. Prudente)   19 (qualified)
2º EC Corinthians (P. Prudente)                     18 (qualified)
2º Garça EC (Garça)                                         18 (qualified)
4º Tupã FC (Tupã)                                            15
4º AA Botucatuense (Botucatu)                       15
6º AA Internacional (Bebedouro)                    12
6º AA Ferroviária (Botucatu)                           12
8º AA Ferroviária (Assis)                                  03
Abaixo a classificação final do Campeonato Paulista da segunda divisão, de 1959 onde infelizmente a Vermelhinha ficou em último lugar:
Série "Paulo Machado de Carvalho"
1 EC Corinthians (Pres. Prudente)       25 (qualified)
2 AA São Bento (Marília)                23 (qualified)
3 Tupã FC (Tupã)                        22
3 A Prudentina E. Atl. (Pres. Prudente) 22
5 AA Osvaldo Cruz (Osvaldo Cruz)        19
6 Rio Preto EC (São J. do Rio Preto)    17
7 Garça EC (Garça)                      16
8 AA Botucatuense (Botucatu)            15
9 AA Ferroviária (Botucatu)             12
10 AA Ferroviária (Assis)               09
Infelizmente, em 1967, o clube perde uma partida decisiva contra o MAC (Marília Atlético Clube) e inicia-se uma crise agravada ainda mais com a ascensão de outro time da cidade, o VOCEM (veja a camisa dele aqui).
E assim como a Estrada de Ferro começava a perder a atenção para as grandes autopistas, a Ferroviária sai do profisionalismo em 1976, em detrimento do futebol moderno e caro. Mesmo fim de muitos times importantes do interior fizeram e ainda estão fazendo hoje em dia.
Uma prova viva do desinteresse cada vez maior do brasileiro pelo futebol.

terça-feira, 6 de outubro de 2009

História dos times paulista da década de 70/80 - adversários do MAC, Ferroviária de Araraquara



Ferroviária Futebol S/A

Em 1950, um grupo de engenheiros da Estrada de Ferro Araraquara se reuniu sob o comando de Antonio Tavares Pereira Lima para discutir a fundação de um time de futebol para a cidade. Na reunião, os trabalhadores da EFA definiram os detalhes do novo clube, como a adoção do grená como cor oficial, os membros da diretoria e até o nome do novo estádio da cidade, cuja construção começou no mesmo ano.

Nos anos 1960, o time da Ferroviária brilhou dentro de campo, tendo conquistado por três vezes o título de Campeão do Interior – em 1967, 1968 e 1969 – e a Taça dos Invictos, em 1972, entregue à equipe pelo jornal A Gazeta Esportiva. Nos anos seguintes, a equipe continuou muito bem na disputa dos campeonatos estaduais, mas em 1990, com uma campanha aquém das expectativas, foi rebaixada para a Série A3.

A Ferroviária tornou-se um clube-empresa em novembro de 2003, com o objetivo de alcançar as principais divisões do futebol paulista. O projeto teve o apoio da Prefeitura de Araraquara e, três anos depois, a primeira conquista: o título da Copa Federação Paulista de Futebol – hoje chamada de Copa Paulista de Futebol – e uma vaga na Copa do Brasil de 2007. Ainda em 2006, o time de Araraquara ficou a apenas um ponto do acesso para a Série A2, objetivo que, no entanto, só foi alcançado em 2007.

Em 2008, a equipe teve uma boa campanha na Série A2, avançando para a segunda fase da competição. No entanto, em 2009, a Ferroviária não conseguiu repetir o bom desempenho e terminou o campeonato na última colocação da tabela, sendo rebaixada novamente para a Série A3.

História dos times paulista da década de 70/80 - adversários do MAC, XV de Piracicaba



Esporte Clube XV de Novembro
O Esporte Clube XV de Novembro de Piracicaba foi fundado no dia 15 de novembro de 1913, por meio de uma fusão entre duas outras equipes da cidade, o Esporte Clube Vergueirense e o 12 de Outubro, que decidiram formar uma única agremiação. Representantes dos dois times decidiram convidar o capitão da Guarda Nacional, Carlos Wingeter, para presidir o novo clube. O capitão aceitou, com a condição de que o nome do novo clube fosse em homenagem à Proclamação da República Confederativa do Brasil: 15 de novembro.

Em seus primeiros anos de existência, o clube permaneceu como amador, conquistando títulos como o de campeão do interior, organizado pela Associação Paulista de Esportes Atléticos. Passada mais de uma década, em 1948 o XV de Piracicaba alcançou seu primeiro título como profissional, sagrando-se campeão da Segunda Divisão do Campeonato Paulista, que corresponde à atual Série A2, ganhando o direito de, no ano seguinte, disputar o título contra as equipes da elite do futebol paulista.

Em 1952 e 1958, o XV de Piracicaba conseguiu seus melhores resultados na Primeira Divisão, atual Série A1, ficando na quinta colocação, atrás apenas de São Paulo, Palmeiras, Corinthians e Santos. No entanto, em 1965, o clube foi rebaixado para a Segunda Divisão Estadual. No ano seguinte, a equipe foi vice-campeã da competição, que venceu em 1967, conquistando novamente o acesso.

Quase dez anos se passaram até que, em 1976, o clube alcançou sua maior conquista no futebol estadual, chegando ao vice-campeonato Paulista, perdendo para o Palmeiras na grande final. O resultado levou o clube a participar do Campeonato Brasileiro em 1977, chegando à fase final da competição.

Depois de permanecer na elite por mais três anos, a equipe foi novamente rebaixada à  Segunda Divisão, que disputou até 1983, quando conquistou o título mais uma vez, voltando à Primeira Divisão. No ano de 1990, a boa campanha no Campeonato Paulista classificou a equipe para a Copa do Brasil do ano seguinte, da qual foi eliminado pelo Caxias (RS) ainda na fase inicial. Cinco anos depois, em 1995, o clube teve seu maior êxito no futebol nacional, sagrando-se Campeão Brasileiro da Série C.

Com as reformulações nos nomes do Campeonato Paulista e as  campanhas ruins consecutivas desde o final da década de 1990, o clube caiu da Série A2 para a Série A3, tendo chegado muito perto de retornar ao Campeonato Paulista da Série A2 em 2007, quando disputou a segunda fase da competição. Em 2008, o clube não avançou à segunda fase, não tendo chances de disputar o acesso. Em 2009, classificou-se mais uma vez à fase semifinal da Série A3, mas não conquistou o tão sonhado acesso à Série A2.

História dos times paulista da década de 70/80 - adversários do MAC, XV de Jaú


Esporte Clube XV de Novembro

O Esporte Clube XV de Novembro de Jaú foi fundado no dia 15 de novembro de 1924, como homenagem à Proclamação da República. As cores que o clube ostenta, verde e amarela, também fazem alusão às cores da Bandeira Brasileira. Em 1931, o clube recebeu o apelido de “Galo da Comarca” e o animal continua como mascote.

Inicialmente, XV de Jaú passou duas décadas disputando torneios amadores pelo interior do Estado e apenas em 1948 resolveu se profissionalizar, quando participou de sua primeira competição profissional: o Campeonato Paulista da Segunda Divisão. Disputou a competição até 1951, quando foi campeão ao derrotar na final o Jabaquara, obtendo o acesso à Primeira Divisão.

Dois anos mais tarde, mais precisamente no dia 10 de setembro de 1953, o “Galo” realizou um amistoso contra o Clube de Regatas Flamengo (RJ), no estádio do Maracanã, conseguindo um empate por 4 a 4. No ano seguinte, em 26 de setembro de 1954, o XV de Jaú venceu o Palmeiras por 4 a 2, conquistando a Taça das Goleadas, oferecida à equipe com o melhor ataque nos jogos contra times da capital e da Baixada Santista.

O clube conseguiu manter-se na elite do futebol estadual por oito anos, mas em 1959 acabou rebaixado à Segunda Divisão. O XV de Jaú participou de nove edições da Segundona e, em 1968, resolveu fazer uma pausa no futebol profissional, retornando apenas em 1975, no Campeonato Paulista da Primeira Divisão, equivalente à atual Série A2.

Durante o tempo em que ficou inativo, o clube aproveitou para inaugurar seu estádio, o Zezinho Magalhães, que tem capacidade para 18 mil pessoas. Em jogo contra o Juventus, no dia 15 de agosto de 1973, o XV de Jaú não estreou com vitória em seus domínios e foi derrotado por 2 a 1. O gol do time da casa foi de Dejair Godoy, o primeiro da história do estádio.

Em 1976, o XV de Jaú chegou a mais uma conquista: foi campeão paulista da Primeira Divisão, conseguindo acesso à Série Especial (equivalente à atual Série A1), competição que disputou por quase duas décadas, até 1993, quando foi rebaixado à Série A2. Nesse meio tempo, em 1977, o estádio Zezinho Magalhães registrou recorde de público: 24.533 pessoas para assistir à partida entre XV de Jaú e Corinthians, pelo Campeonato Paulista.

Após disputar a Série A2 do Estadual nos anos de 1994 e 1995, o clube conseguiu voltar à A1 em 1996, mas logo no ano seguinte foi rebaixado. Em 1998, o XV de Jaú não fez boa campanha e amargou mais um rebaixamento, para a Série A3. Já em 2006, o clube foi vice-campeão desta divisão, conseguindo retornar à A2. Mas três anos depois voltou à A3 do Campeonato Paulista, onde permanece.

História dos times paulista da década de 70/80 - adversários do MAC, Comercial





Comercial Futebol Clube






Em 1911, quando os primeiros clubes de futebol começavam a se espalhar pelo País, um grupo de comerciantes de Ribeirão Preto, conscientes de que juntos poderiam formar também uma equipe competitiva, se reuniu numa pequena loja do centro da cidade. Desse encontro nasceu o Comercial Futebol Clube.

O primeiro estádio foi construído no alto da cidade entre as ruas Tibiriçá e Visconde de Inhaúma. Dentro das quatro linhas, a equipe começava a ganhar as manchetes dos jornais da capital. Nessa época, despontavam jogadores como os irmãos Grota, Belmácio Godinho, irmãos Franco e Geraldo Guião, entre tantos outros.

Em 1935, o clube extinguiu o Departamento Profissional. A diretoria havia comprado o passe dos irmãos Bertoni, uruguaios, que ganhavam altos salários para a época. Os outros jogadores se insurgiram. Queriam ganhar o mesmo. As finanças foram se deteriorando. Tendo em vista que o futebol poderia levar o clube à ruína e não sobraria mais nada de um patrimônio valioso, comercialinos como Camilo de Mattos e Antônio Uchôa Filho resolveram intervir. Convocaram uma assembléia e o Comercial foi anexado à Sociedade Recreativa, que absorveu a dívida de 40 contos, em 1937.

Foram quase 20 anos de paralisação. Porém, a tradição foi recuperada. Em 1954, um grupo de antigos e fiéis comercialinos se reuniu para estudar o ressurgimento do "Leão". Entre eles, Francisco de Palma Travassos, doador do terreno onde foi construído o estádio que leva seu nome. Do esforço desses homens, no dia 8 de abril daquele ano, o Comercial era novamente organizado e, em 7 de outubro, numa fusão com o Paineiras Futebol Clube, já filiado à Federação Paulista de Futebol, o Leão estava pronto para disputar o campeonato da segunda divisão de profissionais daquele ano.

Logo no primeiro ano que voltou a jogar profissionalmente, o Comercial poderia ter conquistado uma vaga na primeira divisão. Com uma campanha invejável, chegou às finais contra o time do Taubaté e ficou com o vice-campeonato. O título veio em 1959, contra o Corinthians de Presidente Prudente. O Comercial Futebol Clube de Ribeirão Preto era o novo caçula da Divisão Especial.

O início do anos 60 foi uma época em que o Comercial tinha grandes craques, como Carlos César e seus potentes chutes de esquerda, que lhe valeram o apelido de "esquerdinha de ouro". Havia também o zagueiro Peter, um jogador de físico privilegiado, que se consagrou como um dos melhores marcadores de Pelé, o maior jogador de futebol de todos os tempos, reconhecido pelo próprio Rei do futebol. E foi nessa época que o Comercial viveu um dos melhores momentos de sua história. Com um verdadeiro esquadrão, a equipe era imbatível dentro de sua casa e conseguia grandes resultados fora dela.

Em 1962, o clube foi vice-campeão da Taça São Paulo, perdendo apenas a final para o Santos, de Pelé. No dia 14 de outubro de 1964, inaugurou seu atual estádio, o Palma Travassos, na derrota por 3 a 2 para o Santos. Paulo Bin, atacante do Comercial, marcou o primeiro gol. No ano de 1965, venceu a Copa Ribeirão Preto jogando contra Corinthians, Fluminense (RJ) e Botafogo (RJ).

Contudo, foi em 1966 que o Comercial viveu  o seu melhor ano, e o time, de tão bom, foi apelidado de "Rolo Compressor". Alguns feitos da equipe naquele ano: acabou com uma invencibilidade de 14 jogos do Palmeiras dentro do Palestra Itália; conseguiu a proeza de marcar cinco gols no Santos de Pelé dentro da Vila Belmiro, em um jogo que muitos consideram um dos mais espetaculares de todos os tempos; venceu novamente o Palmeiras por 3 a 0, no dia 4 de fevereiro, na inauguração dos refletores do estádio Palma Travassos (primeiro jogo noturno oficial na cidade Ribeirão Preto); foi campeão do primeiro turno do paulistão; campeão do interior; e terminou a competição em terceiro lugar, perdendo apenas para  Palmeiras e Corinthians


Nos anos de 1978 e 1979, o Comercial disputou o Campeonato Brasileiro. Em 1979, inclusive, ficou na 14ª colocação, entre 94 clubes. No início da década de 80, a equipe conseguiu grandes resultados como golear o Corinthians no estádio Palma Travassos, por 4 a 0. Venceu também o Santos, na Vila Belmiro, pelo placar de 3 a 1, além de derrotar o São Paulo, no estádio do Morumbi, por 5 a 4. Em 1980, foi campeão do primeiro turno do Campeonato Brasileiro da Taça de Prata, a segunda divisão do nacional na época. No ano de 1981, foi campeão do "Grupo Vermelho", um dos grupos do Campeonato Paulista, após vencer o Marília por 2 a 0.

Em 1986, o time caiu para a Divisão Intermediária do Campeonato Paulista. Com a queda, o time mergulhou em uma profunda crise financeira. Foram sete anos de sofrimento para a apaixonada torcida. A situação financeira do clube começou a se equilibrar em 1991, com a posse do empresário Miguel Said Neto, que implantou uma nova dinâmica administrativa no clube.

Com a casa em ordem, o Comercial começou a driblar os adversários dentro de campo. Armou um time competitivo em 1993, em uma demonstração de que o futuro ainda reservava emoções para o torcedor do Leão. Neste mesmo ano, conseguiu o acesso para a Série A3 do Campeonato Paulista e, no ano seguinte, para a Série A2, onde permaneceu até 2009.

Contudo, depois de uma campanha irregular no Campeonato Paulista da Série A2 de 2009, o Comercial acabou sendo rebaixado à Série A3. A equipe de Ribeirão Preto terminou a competição na 18ª colocação, com 16 pontos. Em 19 partidas, foram quatro vitórias, quatro empates e 11 derrotas.

História dos times paulista da década de 70/80 - adversários do MAC, Juventus.


Clube Atlético Juventus
Fundado por operários do bairro da Mooca em 20 de abril de 1924, o clube era conhecido, a princípio, como Extra São Paulo e possuía as cores preta, branca e vermelha. Depois, em 1º de maio de 1925, com melhores condições financeiras e com terreno para construção do seu estádio, o clube mudou de nome e se transformou no Cotonifício Rodolfo Crespi Futebol Clube. Quatro anos mais tarde, o time chegou ao seu primeiro título: o de campeão da Liga Amadora de Foot-Ball, competição organizada pela APEA, a Associação Paulista de Esportes Athleticos, que corresponde ao que seria o Campeonato Paulista da Segunda Divisão hoje.

Em março de 1930, o então presidente do clube, Rodolfo Crespi, que torcia para a Juventus de Turim, e seu filho Adriano, torcedor do clube italiano Fiorentina, decidiram rebatizar o time como Juventus, com o uniforme lilás do time de Florença. Neste mesmo ano foi dado ao clube, pelo jornalista Thomaz Mazzoni, da “A Gazeta”, o apelido “Moleque Travesso”, depois da vitória por 2 a 1 sobre o Corinthians no primeiro campeonato da Divisão Principal do futebol paulista, no ano de 1930.

Uma das melhores campanhas do Juventus na sua história foi em 1932, quando o time ficou na terceira colocação do Campeonato Paulista atrás apenas do Palestra Itália e do São Paulo. Depois deste ano, o Juventus retirou-se da disputa de competições oficiais, retornando apenas cinco anos mais tarde. Em 1962, o Juventus ampliou seu patrimônio quando fundou seu parque poliesportivo, localizado no bairro da Mooca.

Em sua história, o Juventus conseguiu revelar nomes de peso, como Julinho Botelho, que disputou a Copa de 1954 na Suíça; Hércules, que jogou a de 1958 na Suécia, quando o Brasil conquistou seu primeiro título; Lima, que atuou na de 1966 na Inglaterra e Félix, presente no tricampeonato de 1970, no México. Pelo Juventus passou também Tiago Motta, que mais tarde foi jogar no Barcelona. Outra curiosidade do clube é a passagem do argentino César Luis Menotti, antes de se tornar técnico da seleção de seu país.

Depois de um longo período sem títulos, em 1983 o Juventus conseguiu o que pode ser considerado o maior triunfo da sua história: a conquista da Série B do Campeonato Brasileiro. Dois anos depois, o clube sagrou-se campeão da Copa São Paulo de Futebol Junior. Após mais um longo período sem conquistas, o time conseguiu ser campeão do Campeonato Paulista da Série A2 de 2005, ganhando o direito de disputar a Primeira Divisão em 2006, ano que firmou uma parceria com o PAEC, que mantém um CT e um time para revelar e formar jogadores. No ano seguinte, o clube conquistou a Copa Federação Paulista de Futebol, porém, em 2008, foi rebaixado na competição estadual. Na temporada de 2009, novo rebaixamento, agora para a Série A3 do Campeonato Paulista.

História dos times paulista da década de 70/80 - adversários do MAC,Inter de Limeira


Associação Atlética Internacional

A Associação Atlética Internacional de Limeira foi fundada no dia 5 de outubro de 1913, originária de um antigo time da cidade, o “Barroquinha”. O nome Internacional foi dado para homenagear imigrantes japoneses, italianos, alemães e portugueses, que, entre outros, foram radicados no município. A primeira partida da Inter aconteceu uma semana após sua fundação, no dia 12 de outubro de 1913, contra o Sport Clube Carioba, da cidade vizinha de Americana.

Na década de 1920, a Internacional recebeu da mídia paulistana o título de “Leão da Paulista”, após ser derrotada pelo Palestra Itália em partida de muita dificuldade disputada em Limeira. Outro fato marcante foi a vitória sobre o Paulistano, clube em que atuava Friedenreich, por 2 a 1, após o time da capital retornar de uma vitoriosa excursão pela Europa.

Na primeira participação da Inter de Limeira em campeonatos oficiais organizados pela Federação Paulista de Futebol, a equipe foi vice-campeã, em 1948. Em 1961 conquistou o título da Série Algodeira, ao vencer a Internacional de Bebedouro por 5 a 0. Cinco anos depois, em 1966, conquistou o título da 2ª Divisão de Profissionais, o que garantiu o acesso à Primeira Divisão. Entretanto, sem ter um estádio com os requisitos mínimos para receber as partidas, a equipe pediu licença à FPF para poder construir um estádio próprio.

Depois deste período, o time de Limeira passou por uma reformulação e reestruturação e voltou ao profissionalismo em 1974. A equipe recebeu o aval da FPF para disputar seus jogos em Araras, cidade vizinha, e a primeira partida foi em 1975, contra o Piracicabana, pela Série B do Campeonato Paulista da Primeira Divisão.

Em 1978, o clube conquistou o título do Campeonato Paulista da 2ª Divisão e obteve o direito de participar da Divisão Especial (principal) no ano seguinte. Logo na estreia, em 1979, a Internacional obteve o nono lugar na classificação final da competição, o que deu direito à equipe de participar do Campeonato Brasileiro. No torneio nacional, o “Leão” chegou às quartas-de-final, quando foi eliminado pelo Internacional (RS), de Paulo Roberto Falcão.

A década de 1980 foi a mais gloriosa da história da Internacional. Logo no início, chegou ao quadrangular final do Paulistão e conquistou o 4º lugar, sendo desclassificada pelo São Paulo. Com a posição, conseguiu o direito de disputar a Taça de Ouro daquele ano e chegou até as quartas-de-final, perdendo para mais um time gaúcho, desta vez, o Grêmio (RS).

No ano seguinte, disputou pela terceira vez seguida o Campeonato Paulista e, na primeira fase, chegou à segunda colocação final. Entretanto, no octogonal não conseguiu o mesmo desempenho. No segundo turno teve uma performance ainda pior e acabou em 6º lugar. Mesmo assim, teve o direito de disputar a Taça de Ouro de 1982, competição em que não passou da primeira fase.

Em 1985, apesar do nono lugar no Campeonato Paulista, o elenco foi mantido para o ano seguinte. Enfim, em 1986, a equipe conseguiu seu maior triunfo no futebol profissional: sagrou-se campeã paulista ao vencer o Palmeiras na final. Além disso, o artilheiro do campeonato também foi do time de Limeira, o centroavante Kita, com 24 gols. A equipe ainda conquistou a Taça dos Invictos por ficar 17 partidas sem perder.

Dois anos após o título, o time deu continuidade às suas conquistas e foi Campeão Brasileiro da Série Amarela, além de chegar na 5ª posição do Campeonato Paulista. Em 1989, porém, acabou rebaixada nas competições estadual e nacional, mas conseguiu, em 1991, voltar à elite do futebol paulista. No ano seguinte foi novamente rebaixada. O time ficou até 1996 buscando novamente o acesso, quando venceu a Portuguesa Santista por 4 a 0 e voltou à Divisão Principal sob o comando de Pepe.

De 1996 até 2002, o time de Limeira permaneceu realizando campanhas sem ser ameaçada pelo descenso, mas em 2003 caiu para a atual Série A2 do Campeonato Paulista. Depois de cinco anos, em 2008, o clube foi rebaixado para a Série A3 e, em 2009, caiu para a Segunda Divisão do Campeonato Paulista, que disputará em 2010.

História dos times paulista da década de 70/80 - adversários do MAC, Francana.


Associação Atlética Francana
Fundada no dia 12 de outubro de 1912, a Associação Atlética Francana teve como fundadores David Carneiro Ewank, Homero Pacheco Alves eBeneglides Saraiva. Seu primeiro título foi conquistado uma década após sua fundação, em 1923, quando foi campeã do torneio Alta Mogiana. Na final da competição, a equipe derrotou o Botafogo de Ribeirão Preto, na casa do adversário.

Inicialmente, o clube mandava seus jogos no estádio “Nhô Chico” (nome dado em homenagem ao Coronel Francisco de Andrade Junqueira, doador do terreno do estádio, em 1922). Porém, em 1969 foi construído o Estádio Municipal Doutor José Lancha Filho, em homenagem ao então prefeito da cidade de Franca, e posteriormente presidente da Francana.

O primeiro campeonato profissional disputado pela Francana foi em 1948, aDivisão de Acesso da Federação Paulista de Futebol, e a equipe de Franca terminou na terceira colocação. Três décadas depois, em 1977, o time conquistou o acesso à Primeira Divisão, derrotando o Araçatuba. No ano seguinte, participou pela primeira vez da máxima competição estadual. A “Veterana”, apelido do clube, permaneceu na divisão até 1982.

Rebaixada, a Francana permaneceu no Campeonato Paulista da Série A2 até 2005, quando caiu para a Série A3, competição que disputa até hoje. O melhor desempenho da equipe em competições nacionais foi no ano de 1996, quando foi eliminada nas semifinais do Campeonato Brasileiro da Série C pelo Sampaio Corrêa (MA). No mesmo ano, foi vice-campeã da terceira divisão paulista (atual Série A3).

História dos times paulista da década de 70/80 - adversários do MAC, Paulista F.Clube





Paulista Futebol Clube LTDA




Entre 1903 e 1908 havia o Jundiahy Foot Ball Club, fundado ao lado da locomotiva 34 no pátio da Companhia Paulista de Estradas de Ferro de Jundiaí. Anos depois, mais precisamente em 17 de maio de 1909, o clube se transformou no Paulista Futebol Clube. Nos primeiros anos de sua existência, por não haver competições organizadas na cidade, a atividade futebolística do Paulista se limitava a disputas internas entre os associados e esporádicos jogos amistosos contra outras equipes. Em seus primeiros tempos, o clube utilizou um campo na atual Vila Rio Branco e em 1913 mudou-se para instalações em um terreno na Vila Leme.

Em 1919, a equipe filiou-se à APEA (Associação Paulista de Esportes Athléticos), passando a disputar o Campeonato do Interior, no qual foi campeão logo no seu primeiro ano de disputa. Depois de alguns anos disputando apenas competições amadoras, o clube filiou-se, em 1933, à Federação Paulista de Futebol, onde disputou as competições organizadas pela entidade sem, no entanto, obter nenhum sucesso. Sem condições de construir um estádio próprio, que já fora idealizado pelo presidente do clube na época, Jayme Cintra, em 1944, a equipe começou a mandar seus jogos, a partir de 1957, em uma área no Jardim Pacaembu, em Jundiaí.

O primeiro acesso do Paulista à divisão principal ocorreu em 1968, após uma seletiva final em que enfrentou Francana, Ferroviário de Araçatuba, Ponte Preta, Bragantino e Barretos. Dez anos depois, o clube acabou sendo rebaixado, mas retornou em 1984, depois de golear o Vocem de Assis por 7 a 1, em São Paulo, no estádio do Parque Antártica. Depois de um ano na divisão de elite, o clube acabou novamente caindo de divisão e começou a procurar parcerias com empresas para se reestruturar. 

Em 1995, o time de Jundiaí se associou à empresa Lousano em um dos primeiros contratos de co-gestão do futebol brasileiro. Logo no primeiro ano, a parceria produziu bons resultados, com o clube subindo da Série A3 para a Série A2 do futebol paulista. Com essa parceria, muitos craques consagrados vestiram a camisa do clube, como Casagrande e Toninho Cerezo. Também com a parceria, o clube conquistou a Copa São Paulo de Futebol Júnior em 1997.

Desfeita a parceria no ano seguinte, o Paulista se associou, mais um vez, a uma outra marca, desta vez à Parmalat, mudando o nome do clube para Etti Jundiaí. A mudança desagradou a uma parcela expressiva da torcida, mas trouxe resultados imediatos em campo, com o time vencendo o Campeonato Paulista da Serie A2 e o Brasileiro da Série C, ambos em 2001. No ano seguinte, a Parmalat anunciou a retirada de seus investimentos em futebol e o time passou por uma curta fase de transição, durante a qual se denominou Jundiaí Futebol Clube. Finalmente, um plebiscito entre os torcedores devolveu-lhe, por expressiva maioria, o nome de Paulista Futebol Clube.

Mesmo sem mais nenhum parceiro, o clube não deixou de conseguir resultados importantes, como o vice-campeonato Paulista de 2004, sendo superado apenas pelo São Caetano na final, e a maior conquista da sua história: a Copa do Brasil de 2005, ao vencer equipes tradicionais do futebol nacional como Juventude (RS), Botafogo (RJ), Internacional (RS), Figueirense (SC), Cruzeiro (MG) e Fluminense (RJ). No ano seguinte, o time disputou pela primeira vez uma competição internacional: a Copa Libertadores da América, mas acabou sendo eliminado ainda na primeira fase da competição. Em 2007 (6º lugar) 2008 (12º lugar) e 2009 (12º), o Paulista fez campanhas regulares no Campeonato Paulista.

História dos times paulista da década de 70/80 - adversários do MAC, Botafogo F.C


Botafogo Futebol Clube
No início do século XX cada bairro de Ribeirão Preto tinha seu clube de futebol e estes disputavam entre si torneios bastante acirrados. A Vila Tibério, um dos mais tradicionais bairros da cidade, possuía três equipes na época, o União Paulistano, o Tibeirense e o Ideal Futebol Clube. Mas os três times sozinhos eram muito fracos e não conseguiam jogar de igual para igual com as potências da cidade, como o Commercial, o Operário, o Atlântico, o Força e Coragem e o Palestra Itália.

Em 1918, os diretores do Ideal tiveram a idéia de formar um time mais forte, que tivesse apoio de todo o bairro. Chamaram os dirigentes das outras associações e propuseram a fusão, que foi oficializada no dia 12 de outubro daquele ano. Começava a história do Botafogo Futebol Clube.

O primeiro jogo da recém-fundada equipe foi realizado na cidade de Franca, contra o Esporte Clube Fulgêncio. O jovem Botafogo não se apavorou e venceu a partida por 1 a 0, dando mostras do futuro glorioso que teria pela frente. O primeiro troféu veio em 1927, quando a equipe conquistou o Campeonato Paulista do Interior, realizado pela Associação Paulista de Esportes Atléticos (APEA). Maximo Trujillo, o Carrapato, era o craque e o capitão daquela equipe.

A conquista deste troféu deu ao Botafogo o direito de disputar a Taça Competência, que colocava frente a frente os campeões do interior e de São Paulo. Nesta disputa o time de Ribeirão Preto acabou sendo derrotado pelo Palestra Itália (atual Palmeiras), mas a brilhante campanha da equipe naquela temporada e a projeção estadual que o jogo contra o poderoso Palestra deu ao time acabaram rendendo ao Bota o apelido que ele ostenta até hoje: Pantera da Mogiana.

Em 1947, o Botafogo foi um dos clubes que disputaram a primeira edição da Segunda Divisão do Campeonato Paulista (atual Série A2). O time participou da Segundona por dez anos, quase conquistando o acesso em 1950 e 1954. Nessas duas ocasiões, o clube chegou às finais, mais foi derrotado por Radium e Taubaté, respectivamente. Em 1956, o Botafogo voltou a decidir o torneio, desta vez contra o Paulista. Foram três jogos, sendo o último e decisivo no dia 10 de fevereiro de 1956, no estádio Palestra Itália, em São Paulo. O Botafogo venceu a partida por 1 a 0 e levou para Ribeirão Preto o campeonato da Segunda Divisão.

Ainda em 1956, o time conquistou o Troféu Centenário de Ribeirão Preto. A vitória no torneio foi muito comemorada na época, por ter sido contra o Comercial, arquirrival do clube. Em 1957, Botafogo esteve pela primeira vez na elite do Paulistão, e fez bonito. Terminou num honroso quinto lugar, disputando entre os grandes da Série Azul (espécie de primeira divisão da primeira divisão). O primeiro jogo do Botafogo na elite do futebol paulista terminou empatado por 0 a 0 contra o Juventus, no estádio Luís Pereira, em Ribeirão Preto.

Em 1960, a Pantera terminou o primeiro turno do Campeonato Paulista em primeiro lugar. Na época, o torneio era disputado por pontos corridos e o Botafogo ficou nove jogos invictos até perder, na décima rodada, para o XV de Piracicaba. Destaca-se neste período as vitórias contra o São Paulo por 2 a 1, na capital paulista, e a goleada contra o Comercial por 5 a 2. Após perder a invencibilidade, o Bota ainda venceria, na rodada seguinte, a Portuguesa por 4 a 2, na capital.

O título de 1960 foi apenas simbólico, mas em 1977 o Botafogo seria, desta vez oficialmente, campeão do Primeiro Turno do Campeonato Paulista. O feito rendeu ao clube o troféu de maior prestígio de sua história, a Taça Cidade de São Paulo. Com um time formado por grandes jogadores em um elenco que somava experiência e juventude, o Bota foi representado no Paulistão de 1977 por craques como Lorico, Sócrates, Zé Mario, Aguillera, João Carlos Motoca, entre outros. O time foi a sensação do Campeonato daquele ano e a conquista deu ao time projeção nacional.

Desde seu primeiro acesso, em 1956, o clube permaneceu por 36 anos ininterruptos na Primeira Divisão do futebol Paulista, mas começou a decair na década de 90. Em 1992, o clube foi rebaixado para o Grupo B do Campeonato Paulista, espécie de segunda divisão dentro da elite. Em 1994, o Grupo B tornou-se a Série A2 e o Botafogo disputou, pela primeira vez desde 1956, um campeonato de acesso. A partir de então, o clube viveu um período irregular. Em 1996, voltou à elite, para cair novamente em 1998. Em 1999 subiu mais uma vez e permaneceu firme até 2003.

Em 2001, o clube de Ribeirão Preto fez uma campanha irretocável no Paulistão. Com um elenco jovem – com média de idade de 22,6 anos, a menor entre os participantes do torneio daquele ano – o clube terminou a primeira fase da competição em quarto lugar, deixando para trás os grandes São Paulo e Palmeiras. Nas semifinais, venceu a Ponte Preta, que tinha terminado a fase classificatória em primeiro lugar e era grande favorita para chegar às finais. O time só parou no Corinthians, mas não sem antes segurar um empate por 0 a 0 no Morumbi lotado. O vice-campeonato foi comemorado em Ribeirão Preto como um título.

Após este feito, o Botafogo voltou a ser irregular, sendo mais uma vez rebaixado em 2003. Em 2005, teve o pior resultado de sua história, ao cair para a Série A3 do Paulistão. Foi o nível mais baixo disputado pelo clube desde sua primeira participação no Paulista, em 1947.

A queda, no entanto, serviu para reavivar o time, que vem se reestruturando desde então. Em 2006, subiu de volta para a Série A2 e, no ano seguinte, quase conseguiu o aceso para a elite, chegando ao quadrangular final e perdendo a vaga por apenas dois pontos. O acesso à Série A1 veio em 2008. Em 2009, o clube disputou pela 42ª vez a divisão de elite do Paulistão, terminando na 15ª colocação, o que garantiu ao clube a permanência na Série A1 em 2010.