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terça-feira, 4 de março de 2014

Echevarrieta - Um "gringo" argentino em Marília.



Um gringo (Argentino) que fez história no futebol paulista e vestiu a camisa no nosso A.A.São Bento de Marília na década de 40. Foi campeão paulista em 1940 e 1942, atuou ainda no Santos, Ypiranga de Sp e no nosso São Bento.

Echevarrieta e a sua história no Palestra Itália:
Juan Raúl Echevarrieta nasceu em La Plata, na Argentina. E foi pelo Gimnasia y Esgrima local que começou sua carreira, justo quando El Lobo ostentava a maior equipe de sua história. Alternou períodos como titular e reserva entre 1932 e 1938; mesmo sem jogar muito mostrou seu instinto goleador: em 95 partidas, bons 45 gols. Teve depois uma breve passagem pelo Vélez Sarsfield, até cruzar a fronteira rumo ao Palestra Itália, onde teve início a mais bela página de sua carreira.
Em quatro anos de clube, de 1939 a 1942, Echevarrieta brilhou com incríveis 114 gols em 127 jogos, numa impressionante média de 0,9 gols/jogo. Sua estreia se deu logo num Choque-Rei (2×1, 2/7/1939), em que passou em branco. Já na sua terceira partida, no entanto, marcaria os dois gols que deram a virada frente a Portuguesa, que fora para o intervalo vencendo por 2 a 1. Os dois gols não foram um mero acaso: ele marcou em dobro também nas três partidas seguintes, e fecharia a temporada com 22 gols em 21 jogos.
Ao longo de seus quatro anos no clube, Echevarrieta também se destacou por jogar em todas as posições do ataque, o que lhe valeu o apelido de “Homem dos Sete Instrumentos”, expressão portuguesa comum para pessoas versáteis.
Títulos, conquistou dois: primeiro, o Paulista de 1940, o último do Palestra Itália – conquistado numa goleada por 4×1 sobre o São Paulo, na qual, adivinhem?, o argentino marcou duas vezes. Depois, na Arrancada Heroica de 1942, quando ele marcou mais um na primeira partida e primeiro título do clube com o nome atual. Ou seja, ele foi campeão pelo Palestra e pelo Palmeiras, marcando nas duas decisões contra o clube tricolor.
O gol da Arrancada também seria seu último com a camisa verde: Echevarrieta faria apenas mais duas partidas amistosas pela equipe, despedindo-se contra o Santos (1×1, 1/11/1942). Curiosamente, o time da Vila foi exatamente seu destino, e ele estreou lá já justificando sua fama: contra o Madureira, marcou cinco vezes. Posteriormente, atuaria pelo Ypiranga e rapidamente pelo São Bento. Após se aposentar, seguiu vivendo no país, até falecer em Florianópolis, em 23/11/1987.
Quase 70 anos após se despedir, Echevarrieta ainda ocupa a 11ª posição entre os maiores artilheiros verdes, e é o único atleta nascido fora do Brasil a romper a marca dos 100 gols pelo clube.
Por seus números, por seus gols decisivos e por sua presença em momentos importantíssimos de nossa história, reverenciamos o maior estrangeiro a envergar nosso manto, neste dia de seu centenário.
fonte: Instituto Palestrino de Estatística.